Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 35
Filter
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(11): 5851-5860, nov. 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1350457

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste estudo é identificar fatores associados à continuidade da amamentação por 12 meses ou mais em mulheres trabalhadoras. Estudo transversal realizado por meio de entrevista com 251 trabalhadoras de um hospital, com filhos biológicos entre 12 e 36 meses de idade, não gemelares e sem doença que afetasse a amamentação, e amamentando quando do seu retorno ao trabalho. Para a associação entre a continuidade da amamentação e as variáveis de exposição utilizou-se a regressão multivariável de Poisson. Apenas uma variável relacionada ao local de trabalho da mulher mostrou associação significativa com o desfecho. Trabalhar durante o dia aumentou em 37% a prevalência da amamentação por 12 meses ou mais. Os fatores não relacionados ao trabalho da mulher que mostraram associação positiva com o desfecho: mãe sem curso superior, experiência de amamentação superior a 12 meses; criança não receber outro leite quando a mãe retornou ao trabalho e não ter usado chupeta. Por outro lado, maior idade da mãe, maior idade gestacional, apoio do cuidador da criança e apoio profissional na amamentação associaram-se negativamente ao desfecho. Fatores não relacionados diretamente ao trabalho materno tiveram maior participação na continuidade da amamentação por 12 meses ou mais.


Abstract This article aims to identify factors associated with breastfeeding continuation for at least 12 months among working mothers in a hospital in the south of Brazil. We conducted a cross-sectional study, interviewing 251 women who breastfed after returning to work. Eligibility criteria included non-twin biological children aged between 12 and 36 months and the absence of an illness (mother and/or child) that could affect breastfeeding. The association between breastfeeding continuation and the exposure variables was tested using Poisson multivariate regression. Only one work-related variable showed a significant association with the outcome. Working only during the day increased the prevalence of BF continuation for at least 12 months by 37%. The following non-work-related factors showed a positive association with the outcome: mothers without a college degree; mothers with at least 12 months' prior breastfeeding experience; child not given milks other than breast milk when the mother returned to work, and not using a pacifier. The following variables showed a negative association with the outcome: older maternal age; older gestational age; mother receiving support from the child's caregiver; and mother receiving professional breastfeeding support. Non-work-related factors had a greater influence on breastfeeding continuation for at least 12 months among working mothers.


Subject(s)
Humans , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Breast Feeding , Mothers , Cross-Sectional Studies , Pacifiers , Hospitals, General
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(8): 3041-3051, ago. 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1285967

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste artigo é identificar fatores associados à plena satisfação com a atenção pré-natal em serviços de saúde de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Estudo transversal, com 287 mulheres que realizaram pré-natal na capital gaúcha. As mulheres foram selecionadas aleatoriamente em duas maternidades de grande porte (pública e privada) e entrevistadas nos seus domicílios, cerca de 30 dias após o parto, entre janeiro e agosto de 2016. A satisfação foi aferida por meio de escala Likert (muito satisfeita a muito insatisfeita). Foram estimadas razões de prevalência (RP) por regressão de Poisson com estimação robusta da variância, utilizando modelo hierarquizado. Os fatores associados à plena satisfação foram: ingresso no ensino superior (RP=1,49; IC95%:1,08-2,06); atendimento multiprofissional (RP=1,29; IC95%:1,00-1,66); recebimento de orientações sobre amamentação (RP=1,33; IC95%:1,05-1,68) e sobre local do parto (RP=1,56; IC95%:1,12-2,17); e sentimento da mulher de estar à vontade para fazer perguntas e participar das decisões (RP=5,17; IC95%:1,79-14,96). Os achados sugerem que serviços de pré-natal que oferecem cuidado multiprofissional, que dão orientações, e que oportunizam às gestantes o sentimento de estar à vontade para questionar e decidir sobre seu cuidado, proporcionam maior satisfação.


Abstract This article aims to identify factors associated with full satisfaction with prenatal care in health services in Porto Alegre (RS), Brazil. This is a cross-sectional study with 287 women that attended prenatal care in the state capital. Women were randomly selected at two large maternity hospitals (public and private) and interviewed at their homes around 30 days after delivery, from January to August 2016. Satisfaction was measured by a Likert scale (very satisfied to very unsatisfied). Prevalence ratios (PR) were estimated by Poisson regression with robust variance, using a hierarchical model. Factors associated with greater satisfaction were higher education (PR=1.49; 95% CI: 1.08-2.06); multiprofessional care (PR=1.29; 95% CI: 1.00-1.66); receiving information about breastfeeding (PR=1.33; 95% CI: 1.05-1.68) and place of delivery (PR=1.56; 95% CI: 1.12-2.17); and women feeling comfortable asking questions and participating in decisions (PR=5.17; 95% CI: 1.79-14.96). The findings suggest that prenatal care services that offer multiprofessional care, provide guidance, and make pregnant women feel comfortable asking and deciding about their care may generate greater satisfaction.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Personal Satisfaction , Prenatal Care , Brazil , Breast Feeding , Cross-Sectional Studies
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(11): 4345-4354, nov. 2019. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1039520

ABSTRACT

Abstract The aim of this study was to describe food consumption patterns in Brazilian children aged 6-24 months and to assess differences between breastfed children who do not consume non-human milks, breastfed children who consume non-human milks, and non-breastfed children. This study used data from the Brazilian National Demographic and Health Survey (2006). The food consumption patterns of 1,455 children were assessed using a food frequency questionnaire. One indicator adopted in this study was the healthy diverse diet. The association between breastfeeding and food consumption was tested using multivariate Poisson regression. At the interview, 15.8% of the children were breastfed without consuming non-human milk, 30.7% consumed breast milk in conjunction with non-human milk, and 53% were not breastfed anymore. Over half consumed the recommended foods, 78% consumed foods rich in sugar, fat, and salt, and only 3.4% were on a healthy diverse diet. The breastfed children who did not consume non-human milks were almost five times more likely to be on a healthy diverse diet and were 19% less likely to consume foods rich in sugar, fat, and salt than the breastfed children who also consumed non-human milks and the non-breastfed children.


Resumo O objetivo foi descrever o padrão de consumo alimentar em crianças brasileiras entre 6 e 24 meses e verificar as diferenças entre crianças em aleitamento materno (AM) que consomem ou não outros tipos de leites não-humano (LNH), e aquelas não amamentadas (NAM). Foram usados dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006). O consumo alimentar de 1455 crianças foi avaliado usando um questionário de frequência alimentar. Avaliou-se a presença de dieta saudável e diversificada. A associação entre AM e o consumo alimentar foi testado pela regressão de Poisson. Na entrevista, 15,8% das crianças estavam em AM sem consumo de LNH, 30,7% estavam em AM com consumo de LNH e 53% não estavam em AM. Mais da metade consumiam os alimentos recomendados, 78% consumiam alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, e apenas 3,4% estavam em uma dieta saudável e diversificada. As crianças em AM que não consumiam LNH tinham quase cinco vezes mais chances de ter uma dieta saudável e diversificada e tinham 19% menos chance de consumir alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, comparadas àquelas que também consumiam LNH e àquelas que não estavam em AM.


Subject(s)
Humans , Animals , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Young Adult , Breast Feeding/statistics & numerical data , Diet/statistics & numerical data , Feeding Behavior , Diet, Healthy/statistics & numerical data , Brazil , Nutrition Surveys , Milk/statistics & numerical data
4.
J. pediatr. (Rio J.) ; 95(2): 166-172, Mar.-Apr. 2019. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1002464

ABSTRACT

Abstract Objective: To assess the impact of an intervention for teenage mothers with the involvement of maternal grandmothers on the prevalence of pacifier use in the first six months of life. Methods: This randomized clinical trial involved 323 teenage mothers, allocated to four groups: intervention with teenagers only, intervention with teenagers and their mothers, and respective controls. Six breastfeeding counseling sessions, including the recommendation to avoid the use of a pacifier, were delivered at the maternity ward and subsequently at the teenagers' homes, at seven, 15, 30, 60, and 120 days postpartum. Data on infant feeding and pacifier use were collected monthly by interviewers blinded to group allocation. The impact of the intervention was measured by comparing survival curves for pacifier use in the first six months of life and mean time to pacifier introduction. Results: The intervention had a significant impact on reducing pacifier use only in the group in which grandmothers were involved. In this group, the intervention delayed by 64 days the introduction of a pacifier (21-85 days), compared to 25 days in the group without the participation of grandmothers (65-90 days). Conclusions: The intervention reduced pacifier use in the first six months of life and delayed its introduction until beyond the first month when grandmothers were involved. The intervention did not have a significant impact when only teenage mothers were involved.


Resumo Objetivo: Avaliar o impacto de uma intervenção para mães adolescentes com a participação de avós maternas na prevalência de uso de chupeta nos primeiros seis meses de vida. Métodos: Este ensaio clínico randomizado envolveu 323 mães adolescentes, alocadas para quatro grupos: intervenção com somente adolescentes, intervenção com adolescentes e suas mães e respectivos controles. Seis sessões de aconselhamento para amamentação, incluindo a recomendação de evitar o uso de chupeta, foram realizadas na maternidade e posteriormente nas casas das adolescentes ao 7°, 15°, 30°, 60° e 120° dias. Os dados sobre alimentação infantil e uso de chupeta foram coletados mensalmente por entrevistadores cegos a respeito da alocação dos grupos. O impacto da intervenção foi medido comparando as curvas de sobrevida para uso de chupeta nos primeiros 6 meses de vida e o tempo médio de introdução de chupetas. Resultados: A intervenção apresentou um impacto significativo sobre a redução do uso de chupeta somente no grupo em que as mães estiveram envolvidas. Nesse grupo, a intervenção mostrou atraso de 64 dias na introdução de chupeta (21 a 85 dias), em comparação a 25 dias no grupo sem a participação das avós (65 a 90 dias). Conclusões: A intervenção reduziu o uso de chupeta nos primeiros 6 meses de vida e atrasou sua introdução além do primeiro mês com a participação das avós. A intervenção não teve impacto significativo somente com o envolvimento das mães adolescentes.


Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Infant , Adolescent , Adolescent Behavior , Pacifiers/statistics & numerical data , Grandparents , Health Promotion/methods , Maternal Behavior , Intergenerational Relations
5.
J. pediatr. (Rio J.) ; 95(supl.1): S79-S84, 2019.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1002473

ABSTRACT

Abstract Objective: To address the growth of full-term children in the first 6 months of life in exclusive breastfeeding. Source of data: A non-systematic review was carried out by searching the MEDLINE/PubMed, Web of Science, and Cochrane Library databases and the World Health Organization website for articles and documents on the growth of exclusively breastfed infants and their monitoring. Those documents considered to be the most relevant by the author were selected. Data synthesis: Exclusively breastfeed infants show differentiated growth when compared to formula-fed infants. Weight loss in the first four days of life is due more to loss of fat mass rather than lean mass, including body water, and is usually lower in exclusively breastfed infants. In turn, the time for recovery of the birth weight may be longer in these infants. Formula-fed infants gain weight and increase their BMI more rapidly in the first three to six months of life than infants in exclusive or predominant breastfeeding due to a progressive increase in lean mass. The World Health Organization growth curves, which use the growth pattern of breastfed children as their standard, are used to monitor growth. Conclusions: Exclusively breastfed infants have differentiated growth when compared with formula-fed infants. This should be considered when monitoring the infant's growth. It should be emphasized that the growth pattern currently used as reference is that of the exclusively breastfed infant.


Resumo Objetivo: Abordar o crescimento da criança nascida a termo nos primeiros seis meses de vida em amamentação exclusiva. Fonte dos dados: Foi feita revisão não sistemática tendo sido consultadas as bases de dados MEDLINE/PubMed, Web of Science, Cochrane Library e site da Organização Mundial da Saúde, em busca de artigos e documentos versando sobre o crescimento da criança em amamentação exclusiva e o seu monitoramento. Foram selecionados aqueles julgados mais relevantes pela autora. Síntese dos dados: As crianças em amamentação exclusiva apresentam crescimento diferenciado quando comparadas com crianças alimentadas com fórmulas infantis. A perda de peso nos primeiros 4 dias de vida se deve mais à perda de massa gorda do que de massa magra, incluindo a água corporal, e costuma ser menor nas crianças amamentadas exclusivamente. Por outro lado, o tempo para a recuperação do peso de nascimento pode ser maior nessas crianças. As crianças alimentadas com fórmulas ganham peso e aumentam o seu IMC mais rapidamente nos primeiros 3 a 6 meses do que as crianças em amamentação exclusiva ou predominante, devido a um aumento progressivo da massa magra. Para o monitoramento do crescimento utilizam-se as curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde, que adota como padrão o crescimento das crianças amamentadas. Conclusões: A criança em amamentação exclusiva apresenta crescimento diferenciado em comparação com as crianças alimentadas com fórmulas infantis. Isso deve ser levado em consideração durante o monitoramento do crescimento da criança. Ressalta-se que o padrão de crescimento adotado como referência atualmente é o da criança amamentada exclusivamente.


Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Infant , Breast Feeding , Child Development/physiology , Body Composition
6.
São Paulo med. j ; 136(6): 533-542, Nov.-Dec. 2018. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-991694

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Exclusive breastfeeding for six months is one of the measures with highest impact on prevention of child deaths. The determinants of breastfeeding practices are complex and differ between populations. This study aimed to identify factors associated with the prevalence of exclusive breastfeeding in a suburban area in Angola. DESIGN AND SETTING: Population-based cross-sectional study in the municipality of Cacuaco, Luanda. METHODS: A random sample of children under two years of age and their mothers was included. ­Prevalence ratios (PR) were estimated using Poisson regression based on a hierarchical model. RESULTS: 749 children and their mothers were surveyed, including 274 children under six months. Theprevalence of exclusive breastfeeding among children under six months was 51.5% (95% confidence interval, CI, 46.3-56.6%). Four variables were positively associated with exclusive breastfeeding at ages of under six months: number of prenatal visits (PR 1.11 for each visit after the first one; 95% CI 1.04-1.18), maternal occupation (other occupations versus self-employed) (PR 1.54; 95% CI 1.05-2.26), younger child age (PR 0.77 for each month; 95% CI 0.71-0.84) and female child (PR 1.34; 95% CI 1.02-1.76). CONCLUSIONS: Our findings showed that the prevalence of exclusive breastfeeding at six months was satisfactory, according to international recommendations. Factors associated with exclusive breastfeeding practices that had never been surveyed before in Angola were identified through this study. These data are particularly relevant in the context of high infant mortality and may be useful in planning actions aimed at improving child health through promotion of exclusive breastfeeding, in Angola and other countries.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Suburban Population/statistics & numerical data , Breast Feeding/statistics & numerical data , Mothers/statistics & numerical data , Cross-Sectional Studies , Maternal Age , Angola
7.
Rev. saúde pública (Online) ; 51: 108, 2017. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-903181

ABSTRACT

OBJECTIVE: Update breastfeeding indicators trend in Brazil for the last three decades, incorporating more up-to-date information from the National Health Survey. METHODS: We used secondary data from national surveys with information on breastfeeding (1986, 1996, 2006, and 2013) to construct the time series of prevalence for the following indicators: exclusive breastfeeding in children under six months of age (EBF6m), breastfeeding in toddlers under 2 years of age (BF), continued breastfeeding at one year of age (BF1year), and continued breastfeeding at two years of age (BF2years). RESULTS: The prevalence of EBF6m, BF, and BF1year increased until 2006 (rising from 4.7%, 37.4%, and 25.5% in 1986 to 37.1%, 56.3%, and 47.2% in 2006, respectively). For these three indicators, there was relative stabilization between 2006 and 2013 (36.6%, 52.1%, and 45.4%, respectively). The BF2years indicator had a distinct behavior - relatively stable prevalence, around 25% between 1986 and 2006, and a subsequent increase, reaching 31.8% in 2013. CONCLUSIONS: The time series of breastfeeding indicators in Brazil shows an upward trend until 2006, stabilizing from that date onwards on three of the four indicators evaluated. This result, which can be considered as a warning sign, requires evaluation and revision of policies and programs to promote, protect and support breastfeeding, strengthening existing ones and proposing new strategies so that the prevalence of breastfeeding indicators returns to an upwards trend


OBJETIVO: Atualizar a tendência dos indicadores de aleitamento materno no Brasil nas últimas três décadas, incorporando informações mais recentes provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde. MÉTODOS: Utilizamos dados secundários dos inquéritos nacionais com informações sobre aleitamento materno (1986, 1996, 2006 e 2013) para a construção da série histórica das prevalências dos seguintes indicadores: aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses de vida (AME6m), aleitamento materno em menores de dois anos (AM), aleitamento materno continuado com um ano de vida (AM1ano) e aleitamento materno continuado aos dois anos (AM2anos). RESULTADOS: As prevalências de AME6m, AM e AM1ano tiveram tendência ascendente até 2006 (aumentando de 4,7%, 37,4% e 25,5% em 1986 para 37,1%, 56,3% e 47,2% em 2006, respectivamente). Para esses três indicadores, houve relativa estabilização entre 2006 e 2013 (36,6%, 52,1% e 45,4%, respectivamente). O indicador AM2anos teve comportamento distinto - prevalência relativamente estável, em torno de 25% entre 1986 e 2006, e aumento subsequente, chegando a 31,8% em 2013. CONCLUSÕES: A série histórica dos indicadores de aleitamento materno no Brasil mostra tendência ascendente até 2006, com estabilização a partir dessa data em três dos quatro indicadores avaliados. Esse resultado, que pode ser considerado um sinal de alerta, impõe avaliação e revisão das políticas e programas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, fortalecendo as existentes e propondo novas estratégias para que as prevalências dos indicadores de aleitamento materno retomem a tendência ascendente


Subject(s)
Humans , Female , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Adolescent , Adult , Young Adult , Breast Feeding/trends , Health Surveys/statistics & numerical data , Health Promotion , National Health Programs , Primary Health Care , Time and Motion Studies , Brazil/epidemiology , Breast Feeding/statistics & numerical data , Prevalence , Health Status Indicators , Middle Aged
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(6): e00205615, 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-889687

ABSTRACT

Avaliar o efeito de intervenção pró-alimentação saudável direcionada a mães adolescentes e avós maternas no cumprimento das recomendações alimentares no 1º ano de vida. Ensaio clínico randomizado envolvendo 320 adolescentes, seus filhos e 169 avós maternas, quando em coabitação, randomicamente alocados para o grupo intervenção ou controle. A intervenção consistiu de seis sessões de aconselhamento em alimentação saudável durante o 1º ano de vida da criança, a primeira na maternidade e as demais aos 7, 15, 30, 60 e 120 dias, nos domicílios. As informações relativas à alimentação da criança foram obtidas mensalmente nos primeiros 6 meses e, depois, a cada 2 meses até a criança completar 12 meses, por meio de Questionário de Frequência Alimentar, além de perguntas sobre horários de refeições, consistência dos alimentos, cuidado com a higiene, preparo e conservação dos alimentos e conduta do cuidador com a alimentação da criança na vigência de doenças. Como desfecho, considerou-se o cumprimento dos Dez Passos para uma Alimentação Saudável: Guia Alimentar para Crianças Menores de Dois Anos, avaliado por meio de um escore. A média do somatório dos escores de cada passo obtidos no grupo intervenção foi maior que a do grupo controle; a intervenção dobrou a chance de o escore total ser maior ou igual à mediana. A coabitação com as avós não influenciou os escores, nem no grupo intervenção nem no grupo controle. A intervenção proposta teve efeito positivo no cumprimento dos Dez Passos, independentemente da participação da avó materna, mostrando que intervenções educativas podem melhorar a qualidade da alimentação das crianças no 1º ano de vida.


The objective was to evaluate the effect of a healthy eating intervention targeting adolescent mothers and maternal grandmothers on compliance with dietary recommendations in the first year of life. This was a randomized clinical trial involving 320 adolescent mothers, their infants, and 169 maternal grandmothers (when the three generations were living together), randomly assigned to the intervention versus control group. The intervention consisted of six counseling sessions on healthy feeding during the child's first year of life, the first of which held at the maternity ward and the others at 7, 15, 30, 60, and 120 days, at the homes. Information on the infant's diet was obtained monthly during the first 6 months and then every 2 months until the child reached 12 months of age, using a Food Frequency Questionnaire, in addition to questions on mealtimes, consistency of the foods, hygiene, preparation of meals, conservation of foods, and the mother's or grandmother's approach to the child's diet in the presence of illness. The outcome was defined as meeting the Ten Steps to a Healthy Diet: A Food Guide for Children Under Two Years Old, assessed by a score. The mean sum of the scores for each step obtained in the intervention group was higher than in the control group; the intervention doubled the odds of the total score being greater than or equal to the median. Living with grandmother did not influence the score either in the intervention group or the control group. The proposed intervention had a positive effect on meeting the Ten Steps, independently of participation by the maternal grandmother, showing that educational interventions can improve quality of diet for children in the first year of life.


Evaluar el efecto de intervención pro-alimentación saludable, dirigida a madres adolescentes y abuelas maternas, en el cumplimiento de las recomendaciones alimentarias durante el 1º año de vida. Ensayo clínico randomizado involucrando a 320 adolescentes, sus hijos y 169 abuelas maternas, cuando en cohabitación, randómicamente se asignan al grupo de intervención o control. La intervención consistió en seis sesiones de asesoramiento en alimentación saludable durante el primer año de vida del niño, la primera en la maternidad y las demás a los 7, 15, 30, 60 y 120 días, en los domicilios. La información relativa a la alimentación del niño fueron obtenidas mensualmente durante los primeros 6 meses y, después, cada 2 meses hasta que el niño completara los 12 meses, mediante un Cuestionario de Frecuencia Alimentaria, además de preguntas sobre horarios de comidas, consistencia de los alimentos, cuidado con la higiene, preparación y conservación de los alimentos y conducta del cuidador con la alimentación del niño en la vigencia de enfermedades. Como desenlace, se consideró el cumplimiento de los Diez Pasos para una Alimentación Saludable: Guía Alimentaria para Niños Menores de Dos Años, evaluado mediante un marcador. La media de la suma de los marcadores de cada paso, obtenidos en el grupo de intervención, fue mayor que la del grupo control; la intervención dobló la oportunidad de que un marcador total fuera mayor o igual a la media. La cohabitación con las abuelas no influenció los marcadores, ni en el grupo de intervención, ni en el grupo de control. La intervención propuesta tuvo un efecto positivo en el cumplimiento de los Diez Pasos, independientemente de la participación de la abuela materna, mostrando que las intervenciones educativas pueden mejorar la calidad de la alimentación de los niños durante el 1º año de vida.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Adolescent , Nutrition Policy , Counseling , Grandparents , Diet, Healthy/statistics & numerical data , Health Promotion/methods , Mothers , Socioeconomic Factors , Breast Feeding/statistics & numerical data , Guideline Adherence
9.
Rev. saúde pública (Online) ; 50: 83, 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-962184

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To assess the effect of educational dietary intervention offered in the child's first year of life, as well as teenage mothers and grandmothers in carrying out the dietary recommendations at four to seven years. METHODS Randomized clinical trial initiated in 2006, in Porto Alegre, RS, involving 323 teenage mothers and grandmothers who cohabited. The intervention consisted of six counseling sessions on breastfeeding and healthy complementary feeding. The first session occurred in the maternity ward and the other ones in the households of mothers at seven, 15, 30, 60, and 120 days of the child's life. The information about the child's diet were obtained on a monthly basis in the first six months, every two months in the second half-year, and at four to seven years, using a food frequency questionnaire. To assess the adequacy of food consumption to the recommendations from the Ministry of Health, we elaborated a score system that would reflect the compliance with the Ten Steps for Healthy Toddlers from 2 to 10 Years. The average scores of intervention and control groups were compared using the t-test. RESULTS Low adherence to recommendations on child nutrition was found in the study population, with no difference in implementation the steps between the groups. The score on the compliance with the steps was similar in both groups (9.6 [SD = 1.63] and 9.3 [SD = 1.60] in the intervention and control groups, respectively) and no influence of the cohabitation with the grandmother was found. CONCLUSIONS Educational dietary intervention in the first four months of the child's life for teenage mothers and grandmothers had no effect on the compliance with the recommendations at four to seven years of the child's life.


RESUMO OBJETIVO Avaliar o efeito de intervenção alimentar educativa oferecida, no primeiro ano de vida da criança, a mães adolescentes e avós maternas, no cumprimento das recomendações alimentares aos quatro a sete anos. MÉTODOS Ensaio clínico randomizado iniciado em 2006, em Porto Alegre, RS, envolvendo 323 mães adolescentes e avós maternas, quando em coabitação. A intervenção consistiu em seis sessões de aconselhamento sobre aleitamento materno e alimentação complementar saudável. A primeira sessão ocorreu na maternidade e as demais, nos domicílios das mães aos sete, 15, 30, 60 e 120 dias de vida da criança. As informações sobre alimentação da criança foram obtidas mensalmente nos primeiros seis meses de vida, a cada dois meses no segundo semestre, e aos quatro a sete anos, por meio de questionário de frequência alimentar. Para avaliar a adequação do consumo alimentar às recomendações do Ministério da Saúde, elaborou-se um sistema de escore que refletisse o cumprimento dos Dez Passos Para Uma Alimentação Saudável Para Crianças de 2 a 10 Anos. As médias dos escores dos grupos intervenção e controle foram comparadas por meio do teste t. RESULTADOS Houve baixa adesão às recomendações sobre alimentação infantil na população estudada, sem diferença no cumprimento dos passos entre os grupos. O escore relativo ao cumprimento dos passos foi semelhante nos dois grupos (9,6 [DP = 1,63] e 9,3 [DP = 1,60] nos grupos intervenção e controle, respectivamente) e não houve influência da coabitação com a avó materna. CONCLUSÕES Intervenção alimentar educativa nos primeiros quatro meses de vida da criança para mães adolescentes e avós maternas não teve efeito no cumprimento das recomendações alimentares aos quatro a sete anos de vida.


Subject(s)
Humans , Female , Child, Preschool , Child , Adolescent , Young Adult , Diet/standards , Recommended Dietary Allowances , Socioeconomic Factors , Brazil , Diet Surveys , Surveys and Questionnaires , Feeding Behavior , Grandparents , Mothers
10.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(3): e00010315, 2016. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-777603

ABSTRACT

O objetivo foi avaliar a implantação da Rede Amamenta Brasil e seu impacto sobre indicadores de aleitamento materno (AM). Realizou-se análise de implantação de segundo tipo, incluindo 56 unidades básicas de saúde (UBS) de três municípios brasileiros. Para a avaliação do grau de implantação, criou-se um escore para cada UBS baseado no cumprimento dos critérios de certificação do Ministério da Saúde; para a análise dos efeitos da implantação, foram pesquisadas as prevalências de amamentação exclusiva e de amamentação. Verificou-se que 18 (32,1%) UBS cumpriam os quatro critérios preconizados para certificação. Foram incluídas no estudo 1.052 crianças menores de um ano, sendo 563 menores de seis meses. Verificou-se que as UBS que cumpriam os quatro critérios de certificação tiveram maior prevalência de amamentação exclusiva (44%), quando comparadas às demais UBS. Dificuldades para a implantação da Rede Amamenta Brasil foram identificadas, e os indicadores de AM variaram de acordo com o número de critérios de certificação cumpridos pelas UBS.


This study aimed to evaluate the implementation of the Brazilian Breastfeeding Network and its impact on breastfeeding indicators. Implementation was analyzed according to type, including 56 primary healthcare units from three Brazilian municipalities. For evaluation of the degree of implementation, a score was created for each unit based on compliance with Ministry of Health certification criteria. Effects of implementation were analyzed according to exclusive and overall breastfeeding rates. Eighteen (32.1%) of the units met the four criteria for certification. The study sample included 1,052 children less than one year of age, of whom 563 were less than six months old. Units that met the four criteria for certification showed higher rates of exclusive breastfeeding (44%) when compared to the other units. Difficulties in implementing the Brazilian Breastfeeding Network were identified, and breastfeeding indicators varied according to the number of certification criteria met by the primary healthcare unit.


El objetivo de este artículo fue evaluar la implantación de la Red Amamanta Brasil y su impacto sobre indicadores de lactancia materna (AM). Se realizó un análisis de implantación de segundo tipo, incluyendo 56 unidades básicas de salud (UBS) de tres municipios brasileños. Para la evaluación del grado de implantación se creó un marcador para cada UBS, basado en el cumplimento de los criterios de certificación del Ministerio de Salud; y para el análisis de los efectos de la implantación fueron investigadas las prevalencias de lactancia materna exclusiva y lactancia. Se verificó que 18 (32,1%) UBS cumplían los cuatro criterios preconizados para certificación. Se incluyeron en el estudio 1.052 niños menores de un año, siendo 563 menores de seis meses. Se verificó que las UBS que cumplían los cuatro criterios de certificación tuvieron mayor prevalencia de lactancia materna exclusiva (44%) cuando se comparan con las demás UBS. Dificultades para la implantación de la Red Amamanta Brasil fueron identificadas y los indicadores de AM variaron de acuerdo con el número de criterios de certificación cumplidos por las UBS.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Infant , Male , Young Adult , Breast Feeding/statistics & numerical data , Health Promotion , Primary Health Care/statistics & numerical data , Brazil , Maternal Health Services/organization & administration , National Health Programs/organization & administration , Primary Health Care/organization & administration , Program Evaluation
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(9): e00101315, 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-795295

ABSTRACT

Resumo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a efetividade da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) na melhoria da alimentação complementar no primeiro ano de vida em um município brasileiro. Trata-se de um estudo avaliativo de impacto, envolvendo 340 crianças com idades entre 6 e 12 meses, acompanhadas nas unidades básicas de saúde. Os desfechos avaliados foram prevalência do consumo de verduras, legumes, frutas e alimentos não saudáveis, e prevalência de alimentos com consistência adequada para a idade. A regressão de Poisson revelou que a ENPACS esteve associada a uma redução de 32% no consumo de refrigerante e/ou suco industrializado, 35% no de comidas industrializadas e 5% no consumo de alimentos não saudáveis. Não houve aumento no consumo de frutas, legumes, verduras e alimentos com consistência adequada para a idade. Conclui-se que o efeito positivo da estratégia foi parcial, mas que ela tem potencial de contribuir para a melhoria da alimentação infantil, haja vista sua efetividade na redução do consumo de alimentos não saudáveis.


Abstract: The aim of this study was to assess the effectiveness of the National Strategy for Healthy Complementary Feeding (ENPACS) in improving complementary feeding in the first year of life in a Brazilian municipality (county). This was an impact evaluation study that enrolled 340 infants from 6 to 12 months of age, followed at primary healthcare units. The target outcomes were prevalence rates for the consumption of vegetables, legumes, fruits, and unhealthy foods, and the prevalence of foods with adequate consistency for age. Poisson regression showed that the strategy was associated with reductions of 32% in the consumption of sodas and/or industrialized juices, 35% of industrialized foods, and 5% of unhealthy foods. There was no increase in the consumption of fruits, legumes, vegetables, or foods with adequate consistency for age. In conclusion, the strategy's positive effect was partial, but it has the potential to help improve infant nutrition, based on its effectiveness in reducing the consumption of unhealthy foods.


Resumen: El objetivo del presente estudio fue evaluar la efectividad de la Estrategia Nacional para la Alimentación Complementaria Saludable (ENPACS) en la mejoría de la alimentación complementaria, durante el primer año de vida en un municipio brasileño. Se trata de un estudio evaluativo de impacto, involucrando a 340 niños con edades entre 6 y 12 meses, con seguimiento en las Unidades Básicas de Salud. Los resultados evaluados fueron la prevalencia del consumo de verduras, legumbres, frutas y alimentos no saludables, y la prevalencia de alimentos con consistencia adecuada para la edad. La regresión de Poisson reveló que la ENPACS se asoció a una reducción de un 32% en el consumo de refrescos y/o zumo industrializado, 35% en el consumo de comidas industrializadas y 5% en el consumo de alimentos no saludables. No hubo aumento en el consumo de frutas, legumbres, verduras y alimentos con consistencia adecuada para la edad. Se concluye que el efecto positivo de la estrategia fue parcial, pero que tiene potencial de contribuir para la mejoría de la alimentación infantil, por su efectividad en la reducción del consumo de alimentos no saludables.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Adult , Feeding Behavior/physiology , Infant Nutritional Physiological Phenomena/drug effects , Socioeconomic Factors , Vegetables , Brazil , Breast Feeding , Program Evaluation , Nutrition Surveys , Fruit , Infant Food
12.
Cad. saúde pública ; 28(12): 2293-2305, dez. 2012. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-661156

ABSTRACT

The objective of this study was to identify risk factors for low birth weight in singleton live born infants in Rio Grande do Sul State, Brazil, in 2003, based on data from the Information System on Live Births. The study used both classical multivariate and multilevel logistic regression. Risk factors were evaluated at two levels: individual (live births) and contextual (micro-regions). At the individual level the two models showed a significant association between low birth weight and prematurity, number of prenatal visits, congenital anomalies, place of delivery, parity, sex, maternal age, maternal occupation, marital status, schooling, and type of delivery. In the multilevel models, the greater the urbanization of the micro-region, the higher the risk of low birth weight, while in less urbanized micro-regions, single mothers had an increased risk of low birth considering all live births. Low birth weight varied according to micro-region and was associated with individual and contextual characteristics. Although most of the variation in low birth weight occurred at the individual level, the multilevel model identified an important risk factor in the contextual level.


O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco para o baixo peso ao nascer de nascidos vivos de gestação simples no Rio Grande do Sul, Brasil, em 2003, obtidos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Foram utilizadas regressão logística múltipla clássica e multinível. Os fatores de risco foram avaliados no nível individual (nascidos vivos) e contextual (microrregiões). No nível individual dos dois modelos foi encontrada associação significativa entre baixo peso ao nascer e prematuridade, consultas pré-natais, anomalia congênita, local do nascimento, paridade, sexo, idade materna, ocupação materna, estado civil, escolaridade e tipo de parto. Nos modelos multiníveis, quanto maior a urbanização da microrregião maior o risco de baixo peso ao nascer, e, em microrregiões menos urbanizadas, mães solteiras têm risco aumentado, para todos os nascidos vivos. O baixo peso ao nascer varia com a microrregião e está associado a características individuais e contextuais. Embora a maior parte da variação no baixo peso ao nascer se encontre no nível individual, o modelo multinível identificou um fator de risco importante no nível contextual.


Subject(s)
Adolescent , Humans , Infant, Newborn , Young Adult , Infant, Low Birth Weight , Brazil/epidemiology , Infant, Premature , Maternal Age , Multilevel Analysis , Prevalence , Risk Factors , Socioeconomic Factors
13.
J. pediatr. (Rio J.) ; 88(1): 67-73, jan.-fev. 2012. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-617052

ABSTRACT

OBJETIVO: Identificar fatores associados à manutenção do aleitamento materno por 2 anos ou mais. MÉTODOS: Estudo de coorte que acompanhou 151 crianças selecionadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, do nascimento até a idade de 3 a 5 anos. As mães foram entrevistadas pessoalmente na maternidade, aos 7 e 30 dias após o parto, e quando as crianças tinham entre 3 e 5 anos. As entrevistas aos 60, 120 e 180 dias de vida da criança foram feitas por contato telefônico, sempre que possível. Para testar as associações entre o desfecho (aleitamento materno por 2 anos ou mais) e as variáveis explicativas, utilizou-se regressão de Poisson seguindo modelo hierárquico. RESULTADOS: Mostraram-se associados de forma positiva, com o desfecho: permanência da mãe em casa com a criança nos primeiros 6 meses de vida [risco relativo (RR) = 2,13; intervalo de confiança de 95 por cento (IC95 por cento) 1,12-4,05]; não uso de chupeta (RR = 2,45; IC95 por cento 1,58-3,81); e introdução mais tardia de água e/ou chás e de outros leites na alimentação da criança. Para cada dia a mais sem a introdução desses líquidos, aumentava a probabilidade de a criança ser amamentada por 2 anos ou mais em 0,5 por cento e 0,1 por cento, respectivamente. Coabitação com o pai da criança mostrou associação negativa com o desfecho (RR = 0,61; IC95 por cento 0,37-0,99). CONCLUSÃO: Mãe permanecer em casa com a criança nos primeiros 6 meses de vida, não coabitar com companheiro, não oferecer chupeta e postergar a introdução de água e/ou chás e outros leites na alimentação das crianças são características e comportamentos associados com a manutenção da amamentação por 2 anos ou mais.


OBJECTIVE: To identify factors associated with continuation of breastfeeding for 2 years or more. METHODS: This was a cohort study that followed 151 children recruited at the Hospital de Clínicas in Porto Alegre, Brazil, from birth until ages ranging from 3 to 5 years. Mothers were interviewed in person in the maternity unit, at 7 and 30 days after delivery, and when their children were from 3 to 5 years old. Interviews were also conducted at 60, 120 and 180 days, by telephone when possible, or during a home visit otherwise. Associations between the outcome (breastfeeding for 2 years or more) and explanatory variables were investigated using Poisson regression within a hierarchical model. RESULTS: The following variables had positive associations with the outcome: mother staying at home with her child for the first 6 months [relative risk (RR) = 2.13; 95 percent confidence interval (95 percentCI) 1.12-4.05]; not using a pacifier (RR = 2.45; 95 percentCI 1.58-3.81); and later introduction of water and/or teas and of other milks. Each extra day that these liquids were not introduced was associated with 0.5 percent and 0.1 percent greater probability of the child being breastfed beyond 2 years, respectively. Cohabitation with the child’s father had a negative association with the outcome (RR = 0.61; 95 percentCI 0.37-0.99). CONCLUSION: Mothers staying at home with their children for the first 6 months of their lives, not cohabiting with a partner, not giving their children pacifiers and delaying introduction of water and/or teas and of other milks are characteristics and behaviors associated with continuation of breastfeeding for 2 years or more.


Subject(s)
Adult , Child, Preschool , Female , Humans , Infant, Newborn , Male , Breast Feeding/statistics & numerical data , Mother-Child Relations , Pacifiers , Sexual Abstinence/statistics & numerical data , Tea , Drinking Water/administration & dosage , Epidemiologic Methods , Time Factors
14.
Cad. saúde pública ; 27(11): 2253-2262, nov. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-606633

ABSTRACT

Objetivou-se avaliar a influência regional no consumo precoce de alimentos diferentes do leite materno em menores de seis meses residentes nas capitais brasileiras. Analisaram-se dados de 18.929 crianças da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras - 2008. As frequências do consumo de chá, sucos, leite artificial e mingau/papa foram calculadas para as capitais das cinco regiões brasileiras. Curvas do consumo foram obtidas pela análise de logitos e estimativas das razões de prevalência (RP) por modelos de Poisson. O consumo de leite artificial foi maior quando comparado aos demais alimentos em todas as capitais. As capitais do Sul apresentaram a maior razão de prevalência para o consumo de chá (RP = 2,37) e as do Nordeste e Sudeste, para o consumo de outros tipos de leite (RP = 1,50 e 1,47) e de suco (RP = 1,57 e 1,55). Nas capitais do Nordeste, o consumo precoce de mingau/papa foi maior (RP = 3,0). A região tem influência no consumo precoce de alimentos, o que deve ser levado em consideração na elaboração de políticas públicas.


The aim was to assess regional influences on food consumption in infants less than six months of age. A cross-sectional study was conducted in a sample of 18,929 infants participating in the Second Survey on Breastfeeding Prevalence in Brazilian State Capitals and the Federal District in 2008. Consumption rates for tea, fruit juices, formula milk, and porridge were calculated for the State capitals from the five geographic regions of the country. Food consumption was estimated by logit analyses and Poisson models. Differences in food consumption profile were observed between the different regions: tea was more common in State capitals in the South (RP = 2.37), while non-maternal milk (RP = 1.50 and 1.47) and juices (RP = 1.57 and 1.55) were more frequent in the Northeast and Southeast, respectively. Porridge was more common in the Northeast (RP = 3.0). Brazil's geographic regions thus display different infant feeding patterns. Public policy should take cultural diversity into account when planning strategies to improve infant nutrition and health.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Infant, Newborn , Male , Young Adult , Bottle Feeding/statistics & numerical data , Breast Feeding/statistics & numerical data , Infant Food , Bottle Feeding/ethnology , Brazil , Breast Feeding/ethnology , Cross-Sectional Studies , Educational Status , Food/classification , Infant Nutritional Physiological Phenomena , Socioeconomic Factors
15.
An. bras. dermatol ; 86(3): 435-439, maio-jun. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-592137

ABSTRACT

FUNDAMENTOS: Não há consenso quanto ao efeito do aleitamento materno no desenvolvimento da dermatite atópica. É necessário aprofundar conhecimentos sobre possíveis fatores envolvidos nessa relação, como a influência do aleitamento materno na colonização do paciente atópico pelo Staphylococcus aureus (S. aureus). OBJETIVO: Avaliar uma potencial associação entre aleitamento materno e colonização pelo S. aureus nas crianças atópicas. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 79 crianças atópicas de 4-24 meses, de ambos os sexos, em acompanhamento no Ambulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre, e 72 mães. Registraram-se dados clinicoepidemiológicos e de alimentação das crianças. Pesquisou-se a presença do S. aureus em swab nasal e cutâneo nas crianças e swab nasal das respectivas mães. Para análise dos dados, realizaram-se os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer. RESULTADOS: Entre as crianças amamentadas, S. aureus foi encontrado nas cavidades nasais de oito (25,8 por cento) e na pele (fossas cubitais) de quatro (12,9 por cento). Entre as não amamentadas, encontrou-se S. aureus nas cavidades nasais de dez (20,8 por cento) e na pele de 11 (22,9 por cento). Entre as mães, 16 (22,2 por cento) apresentaram crescimento de S. aureus no material proveniente do swab nasal. Não se observou associação significativa entre aleitamento materno e colonização pelo S. aureus das cavidades nasais ou da pele das crianças. Entretanto, houve concordância entre a colonização pelo S. aureus nas cavidades nasais das mães e nas cavidades nasais e/ou na pele dos filhos. Das 72 duplas, houve concordância em 56 (77,8 por cento). CONCLUSÃO: O aleitamento materno parece não influenciar a colonização mucocutânea pelo S. aureus em crianças com dermatite atópica.


BACKGROUND: Studies on the effects of breastfeeding on the development of Atopic Dermatitis (AD) have shown controversial results. The importance of this condition deserves further studies; in particular, it remains unclear whether colonization of atopic patients by Staphylococcus aureus (S. aureus) through breastfeeding is relevant to the development of AD. OBJECTIVE: To examine the potential relation between breastfeeding and colonization by S. aureus in atopic patients. METHOD: Transversal study of atopic patients, aged from 4 to 24 months, both genders, receiving outpatient care and 72 mothers. Data on infant breastfeeding practices and on clinical-epidemiological profile were registered. Swabs of the infants' nares and skin (cubital fossa) and swabs of the mothers' nares were collected. For univariate analysis, X2 (chi-square) and Fischer Exact's test were used. RESULTS: Among breastfed children, S. aureus was isolated from 8 (25.8 percent) infants' nares swabs and from 4 (12.9 percent) skin swabs. Among not breastfed children, S. aureus was isolated from 10 (20.8 percent) infants' nares swabs and from 11 (22.9 percent) skin swabs. Sixteen mothers (22.2 percent) had S. aureus isolated from their nares swabs. There was no significant association between breastfeeding and S. aureus colonization (child skin and/or nares). However, there was a degree of concordance for S. aureus carriage among mothers and infants. Among 72 pairs, 56 (77.8 percent) were concordant. CONCLUSION: Breastfeeding was not associated with S. aureus muco-cutaneous colonization in atopic infants.


Subject(s)
Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Male , Breast Feeding/adverse effects , Dermatitis, Atopic/microbiology , Staphylococcal Skin Infections/microbiology , Staphylococcus aureus/isolation & purification , Cross-Sectional Studies , Nose/microbiology , Skin/microbiology , Staphylococcal Skin Infections/diagnosis
16.
Cad. saúde pública ; 27(2): 229-240, fev. 2011. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-598408

ABSTRACT

O objetivo deste estudo ecológico longitudinal foi analisar a tendência da proporção de baixo peso ao nascer no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1994 a 2004, utilizando a análise de dados de painel e regressão linear multinível (dois níveis: microrregião e tempo (anos)) para estimar os fatores de risco associados à proporção de baixo peso ao nascer. A proporção de baixo peso ao nascer teve um crescimento anual de 1,2 por cento, e o modelo multinível mostrou que as proporções diferem entre as microrregiões e aumentam em associação com os anos, com o aumento do percentual de prematuros, com o aumento do coeficiente de mortalidade infantil e com o aumento do percentual de cesarianas. Entre as microrregiões, as proporções de baixo peso ao nascer variam positivamente com o percentual de urbanização, com os gastos com o Sistema Único de Saúde e negativamente com o percentual de participação na atividade econômica. O modelo multinível mostrou que a maior parte da variação nas proporções de baixo peso ao nascer se deve aos efeitos da microrregião de moradia da mãe do nascido vivo.


The aim of this longitudinal ecological study was to analyze the trend in the proportion of low birth weight in Rio Grande do Sul State, Brazil, from 1994 to 2004 by panel data analysis and multilevel linear regression (two levels: by micro-region and time in years) to estimate risk factors associated with low birth weight. The proportion of low birth weight increased by 1.2 percent per year, and the multilevel model showed that the proportions differed between the micro-regions and increased over time, with the increase in the percentage of premature newborns, with the increase in the infant mortality rate, and with the increase in the cesarean rate. Among the micro-regions, the proportions of low birth weight varied positively with the urbanization rate and expenditures in the Unified National Health System and negatively with rate of participation in the workforce. According to the multilevel model, most of the variation in proportions of low birth weight was due to the effects of the micro-region of residence of the newborn's mother.


Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Infant, Low Birth Weight , Premature Birth , Brazil , Cesarean Section/statistics & numerical data , Forecasting , Infant Mortality , Information Systems/statistics & numerical data , Longitudinal Studies , Multilevel Analysis , Socioeconomic Factors , Unified Health System
17.
Rev. saúde pública ; 45(1): 79-89, Feb. 2011. graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-569458

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar os determinantes da mortalidade neonatal, segundo modelo de regressão logística multinível e modelo hierárquico clássico. MÉTODOS: Estudo de coorte com 138.407 nascidos vivos com declaração de nascimento e 1.134 óbitos neonatais registrados em 2003 no estado do Rio Grande do Sul. Foram vinculados os registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e Mortalidade para o levantamento das informações sobre exposição no nível individual. As variáveis independentes incluíram características da criança ao nascer, da gestação, da assistência à saúde e fatores sociodemográficos. Fatores associados foram estimados e comparados por meio da análise de regressão logística clássica e multinível. RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade neonatal foi 8,19 por mil nascidos vivos. As variáveis que se mostraram associadas ao óbito neonatal no modelo hierárquico foram: baixo peso ao nascer, Apgar no 1º e 5º minutos inferiores a oito, presença de anomalia congênita, prematuridade e perda fetal anterior. Cesariana apresentou efeito protetor. No modelo multinível, a perda fetal anterior não se manteve significativa, mas a inclusão da variável contextual (taxa de pobreza) indicou que 15 por cento da variação da mortalidade neonatal podem ser explicados pela variabilidade nas taxas de pobreza em cada microrregião. CONCLUSÕES: O uso de modelos multiníveis foi capaz de mostrar pequeno efeito dos determinantes contextuais na mortalidade neonatal. Foi observada associação positiva com a taxa de pobreza, no modelo geral, e com o percentual de domicílios com abastecimento de água entre os nascidos pré-termos.


OBJETIVO: Analizar los determinantes de la mortalidad neonatal, según modelo de regresión logística multinivel y modelo jerárquico clásico. MÉTODOS: Estudio de cohorte con 138.407 nacidos vivos con declaración de nacimiento y 1.134 óbitos neonatales registrados en 2003 en Rio Grande do Sul, Sur de Brasil. Se vincularon los registros del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos y Mortalidad para el levantamiento de las informaciones sobre exposición en el nivel individual. Las variables independientes incluyeron características del niño al nacer, de la gestación y asistencia a la salud, y factores sociodemográficos. Factores asociados fueron estimados y comparados por medio del análisis de regresión logística clásica y multinivel.RESULTADOS: El coeficiente de mortalidad neonatal fue 8,19 por mil nacidos vivos. Las variables que se mostraron asociadas al óbito neonatal en el modelo jerárquico fueron: bajo peso al nacer, Apgar en el 1º y 5º minutos inferiores a ocho, presencia de anomalía congénita, prematuridad y pérdida fetal anterior. La cesárea presentó efecto protector. En el modelo multinivel, la pérdida fetal anterior no se mantuvo significativa, pero la inclusión de la variable contextual (tasa de pobreza) indicó que 15% de la variación de la mortalidad neonatal pueden ser explicados por la variabilidad en las tasas de pobreza en cada microrregión. CONCLUSIONES: El uso de modelos multiniveles fue capaz de mostrar pequeño efecto de los determinantes contextuales en la mortalidad neonatal. Se observó asociación positiva con la tasa de pobreza, en el modelo general, y con el porcentual de residencias con abastecimiento de agua, entre los prematuros.


Subject(s)
Infant, Newborn , Infant Mortality , Birth Weight , Infant, Premature , Mortality Registries , Cohort Studies , Socioeconomic Factors
18.
Cad. saúde pública ; 26(5): 942-948, maio 2010. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-548360

ABSTRACT

Esse estudo tem o objetivo de verificar a prevalência de coleito de mães e lactentes e fatores associados em população urbana no Sul do Brasil. Trata-se de estudo transversal aninhado em uma coorte de 233 duplas de mãe-filho selecionadas na maternidade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Quando a criança completava 3 e 6 meses de vida, coletavam-se, em visitas domiciliares, dados sobre prática do coleito e variáveis associadas. O desfecho principal foi o compartilhamento do espaço de dormir entre a criança e sua mãe. Variáveis com p < 0,2 na análise bivariada entraram em modelo de regressão de Poisson. Aos 3 e 6 meses, 31,2 por cento e 28,5 por cento das crianças dormiam junto com suas mães à noite. Aos 3 meses, a prevalência foi maior entre mães sem companheiro (RP: 1,56; IC95 por cento: 1,01-2,39) e em coabitação quando com a avó materna da criança (RP: 1,70; IC95 por cento: 1,09-2,65). A prevalência de coleito aos três meses na população estudada é alta, associando-se à mãe sem companheiro e coabitação com a avó materna.


The aim of this study was to verify the prevalence of bed-sharing and factors associated with this sleeping environment in an urban population in Southern Brazil. This was a cross-sectional nested cohort study with 233 mother-infant pairs selected at the maternity ward of the University Hospital in Porto Alegre. When the infant was 3 and 6 months old, home visits were performed to collect data on bed-sharing and associated variables. The main outcome was the place shared by the mother and infant for sleeping. Variables with p < 0.2 were included in a Poisson regression model. At 3 and 6 months, 31.2 percent and 28.5 percent of infants slept with their mothers at night. At 3 months, prevalence was higher for single mothers (PR: 1.56; CI: 1.01-2.39) and mothers sharing the home with the infant's maternal grandmother (PR: 1.70; CI: 1.09-2.65). Prevalence of bed-sharing at 3 months was high and associated with single mothers and sharing the home with the infant's maternal grandmother.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Infant , Male , Beds , Mother-Child Relations , Sleep , Breast Feeding , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Maternal Behavior , Prevalence , Socioeconomic Factors , Sudden Infant Death/prevention & control , Urban Population
19.
Cad. saúde pública ; 25(5): 1035-1045, maio 2009. mapas, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-514763

ABSTRACT

The aim of this study was to analyze the trend in infant mortality rates in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, from 1994 to 2004, in a longitudinal ecological study, by means of panel dataanalysis and multilevel linear regression (two levels: microregion and time) to estimate factors associated with infant mortality. The infant mortality rate decreased from 19.2‰ (1994) to 13.7‰ (2004) live births, and the principal causes of death in the last five years were perinatal conditions (54.1%). Approximately 47% of the variation in mortality occurred in the microregions, and a 10% increase in coverage by the Family Health Program was associated with a 1‰ reduction in infant mortality. A 10% increase in the poverty rate was associated with a 2.1‰ increase in infant deaths. Infant mortality was positively associated with the proportion of low birthweight newborns and the number of hospitalbeds per thousand inhabitants and negatively associated with the cesarean rate and number of hospitals per 100 thousand inhabitants. The findings suggest that individual and communityvariables display significant effects on the reduction of infant mortality rates.


O objetivo deste trabalho foi analisar a tendência das taxas de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1994 a 2004, em estudo ecológico longitudinal, por meio de análise de dados de painel e regressãolinear multinível (dois níveis: microrregião e tempo) para estimar fatores associados à mortalidade infantil.A taxa de mortalidade infantil reduziu de 19,2‰ (1994) para 13,7‰ (2004) nascidos vivos, e a principal causa de óbito, nos últimos cinco anos, foi afecções perinatais (54,1%). Aproximadamente 47% da variaçãonas taxas de mortalidade ocorreram nas microrregiões, e 10% de acréscimo na cobertura do Programa Saúde da Família esteve associado à redução de 1‰ na mortalidade infantil. O aumento de 10% na taxa de pobreza esteve associado com um aumento de 2,1‰nos óbitos infantis. A mortalidade infantil associou-se positivamente com a proporção de recém-nascidos com baixo peso e número de leitos hospitalares por mil habitantes e negativamente com a proporção de cesarianas e número de hospitais por 100 mil habitantes. Os resultados sugerem que variáveis individuais e contextuais apresentam efeitos significativos na redução das taxas de mortalidade infantil.


Subject(s)
Humans , Infant , Infant, Newborn , Cause of Death/trends , Infant Mortality/trends , Brazil/epidemiology , Longitudinal Studies , Multivariate Analysis , Risk Factors
20.
Cad. saúde pública ; 25(1): 160-168, jan. 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-505619

ABSTRACT

O objetivo foi avaliar a associação entre o uso de ferro profilático ou terapêutico com nascimento pré-termo e baixo peso ao nascer. Gestantes com vinte anos ou mais e idade gestacional entre 21 e 28 semanas foram arroladas consecutivamente em ambulatórios de pré-natal ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) de seis capitais brasileiras entre 1991 e 1995. Características sócio-demográficas e o uso declarado de sais de ferro até a 28ª semana de gestação foram obtidos por meio de entrevista. Os desfechos e demais variáveis foram coletados no prontuário. A prevalência de anemia entre as 3.865 gestantes analisadas foi de 31,3 por cento. Entre as gestantes anêmicas, 29,8 por cento utilizavam ferro e entre as não-anêmicas o percentual foi de 16,7 por cento. Após ajustamento para potenciais confundidores, o uso de ferro não mostrou associação com nascimento pré-termo (RC = 0,88; IC95 por cento: 0,73-1,07), baixo peso ao nascer (RC = 0,99; IC95 por cento: 0,75-1,31) e muito baixo peso ao nascer (RC = 0,58; IC95 por cento: 0,29-1,13). Os resultados sugerem que o uso de ferro até a 28ª semana de gestação não diminui o risco de nascimento pré-termo, baixo peso ao nascer e muito baixo peso ao nascer.


The objective was to evaluate the association between prophylactic iron supplementation and prematurity and low birth weight. Pregnant women 20 years and older with 21 to 28 weeks of gestational age were enrolled consecutively in prenatal services in the Unified National Health System in six Brazilian State capitals between 1991 and 1995. Socio-demographic data and information on iron supplementation up until the 28th gestational week were obtained by means of an interview. Outcomes and other variables were collected from medical records. Anemia was present in 31.3 percent of the 3,865 women. Among anemic women (hemoglobin < 11.0g/dL), 29.8 percent were taking iron supplements, as compared to 16.7 percent among non-anemic women (hemoglobin > 11.0g/dL). After adjusting for potential confounders, iron was not associated with prematurity (OR = 0.88; 95 percentCI: 0.73-1.07), low birth weight (OR = 0.99; 95 percentCI: 0.75-1.31), or very low birth weight (OR = 0.58; 95 percentCI: 0.29-1.13). The results suggest that iron supplementation up to the 28th gestational week does not reduce the risk of prematurity, low birth weight, or very low birth weight.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Infant, Newborn , Pregnancy , Young Adult , Dietary Supplements , Infant, Low Birth Weight , Infant, Very Low Birth Weight , Iron/therapeutic use , Prenatal Care , Premature Birth/prevention & control , Anemia, Iron-Deficiency/diagnosis , Anemia, Iron-Deficiency/drug therapy , Anemia, Iron-Deficiency/epidemiology , Birth Weight/drug effects , Brazil/epidemiology , Epidemiologic Methods , Gestational Age , Premature Birth/epidemiology , Prenatal Care/standards , Young Adult
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL